Milton Gulli

“Eu não posso dizer que as pessoas estão mais racistas, acho que estão mais à vontade para falar sobre isto”

Já viveu na Madeira e na Arábia Saudita mas foi em Moçambique que encontrou a inspiração para produzir o novo álbum. Milton Gulli confessa que este o novo disco retrata histórias de sobrevivência com um olhar crítico perante a sociedade. “Hoje em dia com estas coisas que estão a acontecer (…) eu não posso dizer que as pessoas estão mais racistas, acho que estão mais à vontade para falar sobre isto”.

Já viveu na Arábia Saudita onde chegou a dormir no deserto! “Vivemos dois ou três anos numa mini cidade criada para os trabalhadores. Lembro-me perfeitamente das tempestades de areia que doíam na pele”.

Milton Gulli assume que as viagens o tornaram mais conhecedor do mundo e da realidade. “Foi nestas viagens que aprendi a falar inglês. Quase aprendi primeiro o abecedário em inglês do que em português”.

Nesta entrevista com João Paulo Sousa e Ana Delgado Martins, o músico revela que Lisboa é hoje uma das capitais europeias mais africana e que a música tem contribuído para isso. “A música africana está numa fase muito saudável, espero que não seja uma moda”.