Cloro da água das piscinas pode inativar covid-19 em 30 segundos

Uma equipa de virologistas britânicos realizou um estudo que indica que a água das piscinas é capaz de inativar o vírus da covid-19 em apenas 30 segundos, devido à quantidade de cloro presente. 
A investigação foi realizada pela Imperial College London e o estudo foi encomendado por uma empresa de natação, a Water Babies e pela Royal Life Saving Society UK, uma instituição de prevenção de afogamentos. 

A responsável pela investigação, a professora Wendy Barclay, especialista da universidade em vírus respiratórios revela que a pesquisa concluiu que 1,5mg de cloro por litro de água, com um pH entre 7 e 7,2, reduziu a atividade do novo coronavírus em mais de mil vezes ao longo de 30 segundos. A experiência foi realizada em laboratório e a equipa misturou o vírus com água de uma piscina. 
Os investigadores concluíram que “o vírus não sobrevive na água da piscina e não se torna mais infeccioso. Além disso, a diluição do vírus que pode chegar à piscina vindo de uma pessoa infetada, sugere que a probabilidade de contrair covid-19 dentro de uma piscina é insignificante”, explica a responsável pelo estudo.

As conclusões desta investigação ainda têm de ser validadas e depois publicadas numa revista científica, mas os responsáveis pela pesquisa afirmam que são dados importantes e que são bons indícios para sustentar as decisões dos governos em relação à retoma da prática da natação. 

O estudo foi divulgado esta terça-feira, 13 de abril, dia em que o Reino Unido autorizou a reabertura das piscinas cobertas, uma medida que faz parte do plano de desconfinamento do país. 
Em Portugal, as piscinas reabriram a 5 de abril (primeira fase do plano de desconfinamento) para todos os atletas dos escalões federados e de competição. Está previsto que a 3 de maio a restante população possa retomar a prática de natação, caso as fases de desconfinamento não fiquem comprometidas com a evolução dos casos de covid-19 no país.