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Seca: Mêda, São João da Pesqueira, Foz Côa e Tabuaço com plano de resposta conjunta

O Plano de Ação para a Gestão Eficiente do Abastecimento de Água a partir do Subsistema de Ranhados visa "dar resposta urgente à situação de seca que se vive nos quatro municípios, servidos pela albufeira de Ranhados e que, neste momento, apresenta volumes abaixo da média para esta altura do ano".

Seca: Mêda, São João da Pesqueira, Foz Côa e Tabuaço com plano de resposta conjunta

Os municípios de Mêda, São João da Pesqueira, Vila Nova de Foz Côa e Tabuaço definiram hoje um Plano de Ação para Gestão Eficiente do Abastecimento de Água a partir do Subsistema de Ranhados, devido à seca.

O plano, elaborado “em resposta à situação de seca vivida na região”, foi hoje apresentado pelas equipas da EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres/Águas do Vale do Tejo, S.A. (AdVT) e Águas do Norte, S.A. (AdNorte) aos representantes dos municípios de Med e de Vila Nova de Foz Côa (distrito da Guarda)e de São João da Pesqueira e de Tabuaço (distrito de Viseu), durante uma sessão realizada na Casa da Cultura de Mêda.

Segundo as entidades promotoras, o Plano de Ação para a Gestão Eficiente do Abastecimento de Água a partir do Subsistema de Ranhados visa “dar resposta urgente à situação de seca que se vive nos quatro municípios, servidos pela albufeira de Ranhados e que, neste momento, apresenta volumes abaixo da média para esta altura do ano”.

“Desta reunião saiu a decisão conjunta de se avançar com várias medidas de mitigação, sendo a primeira uma campanha de sensibilização para a poupança e uso eficiente da água, a ser lançada na próxima semana nos quatro municípios em simultâneo”, refere a fonte em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, a difusão da mensagem será feita através dos meios e das redes de comunicação próprias (‘outdoors’, ‘mupis’, folhetos na fatura da água, cartazes nas instituições e serviços, redes sociais, internet e campanhas nos órgãos de comunicação social local e regional), quer dos municípios, quer da EPAL/AdVT e da AdNorte.

Para tal, acrescenta, “foram desenvolvidos vários suportes de comunicação, como folhetos informativos, cartazes e ‘flyers’ que deverão acompanhar as contas da água”.

“Está também previsto um ‘spot’ de rádio e anúncios de imprensa nos meios locais/regionais”, remata.

A equipa da EPAL/AdVT e da AdNorte também irá “ajudar os municípios, ao dar início ao processo de redução de perdas nas redes de abastecimento de água municipais, através da identificação, no terreno, de roturas existentes e da sua imediata reparação, dotando, em simultâneo, os municípios de capacidade, presente e futura, de monitorização das suas redes em tempo real”.

A fonte acrescenta que os quatro municípios tomaram, em conjunto, as decisões de “interromper, no imediato”, as regas de jardins públicos com água potável (substituindo sempre que possível com água reciclada ou outras alternativas), a disponibilização de água nos chafarizes públicos e os consumos de água associados a fontes e fontanários públicos.

Decidiram, ainda, promover ações de sensibilização ambiental de técnicos e da comunidade escolar.

Estiveram na reunião os presidentes dos municípios de Mêda (João Mourato), de São João da Pesqueira (Manuel Cordeiro) e de Vila Nova de Foz Côa (João Paulo Sousa) e o vice-presidente do município de Tabuaço (José Carlos Silva) além de vários administradores, dirigentes e técnicos da EPAL, Águas do Vale do Tejo e da Águas do Norte, assim como dirigentes e técnicos dos municípios e das entidades gestoras.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em janeiro “verificou-se um agravamento muito significativo da situação de seca meteorológica, com um aumento da área e da intensidade, estando no final do mês todo o território em seca, com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema”.

Ainda de acordo com o IPMA, em relação à precipitação, janeiro de 2022 foi o 6.º mais seco desde 1931 e o 2.º mais seco desde 2000.