O Festival F volta este ano com o F de Faro, de festival, quem sabe, de felicidade, mas também chega com um F de força. É o regresso em força do festival algarvio que vai ocupar a na vila histórica de Faro, de 1 a 3 de setembro. A 7ª edição do evento marca, finalmente, o retorno da festa (outro F!) e em absoluta liberdade.
O cartaz, que transborda o ouro da música portuguesa e lusófona, inclui quase meia centena de artistas, de diferentes gerações. AGIR, Bárbara Bandeira, Dino D'Santiago, HMB, José Cid com Orquestra Clássica do Sul, Julinho KSD, Miguel Araújo, Richie Campbell, The Black Mamba, WET BED GANG, Pedro Mafama, Chico da Tina, Syro, Marco Rodrigues, Nenny, Vitão, Karetus, Cláudia Pascoal, Ivandro, Viviane, A Garota Não, Mari Segura, Kura, Bateu Matou, Milhanas, Lhast, Wilson Honrado, Leo Middea, Cassete Pirata, entre outros.
A aposta na música portuguesa é clara e tem retorno evidente. Na conferência de imprensa de apresentação do festival, que decorreu na quarta-feira no Capitólio, Paulo Santos, Vice-Presidente da Câmara de Faro, sublinhou que desde a sua criação, em 2016, o Festival F (incluindo as Noites F que foram pensadas para os tempos pandémicos) já acolheu à volta de 300 artistas nos diferentes palcos. "Estes números são a melhor prova de que a música portuguesa tem uma força incrível. Está viva e está para durar. Os números valem o que valem mas comprovam que o Festival F também está para durar", referiu o autarca.
"Este ano, o F vai ter algumas alterações. Em 2019, batemos todos os recordes do festival. Tivemos mais de 60 mil pessoas, a celebrar connosco a música portuguesa, nos 50 mil metros quadrados da Vila Adentro", acrescentou Paulo Santos. "No último dia da edição de 2019, quando esgotámos o festival pela primeira vez, sentimos que seria necessário fazer algumas alterações, nomeadamente, para dar mais conforto e mobilidade às pessoas à passagem de um palco para o outro. Foi essa mudança, que já tinha sido pensada para 2020, que vamos aplicar agora. Como acreditamos que o F vai voltar com muita força vamos acrescentar mais 10 mil quadrados de percurso", anunciou o autarca.
A organização quer então assegurar a segurança do público e garantir mais opções de circulação. Com esta alteração, o Festival F, que acontece na farense Vila Adentro, vai ter nove palcos: Ria, Sé, Quintalão, Magistério, Museu, Músicos (com destaque para o jazz), Castelo (de stand up comedy), Arco e o Arraial F, dedicado à folia das festas populares.
O cartaz de 2022, que junta cerca de meia centena de artistas - entre nomes consagrados e outros mais novos - é diverso e eclético o suficiente para juntar público de várias idades e proporcionar os tais bons momentos a milhares de famílias. "Este ano, o F vai oferecer ainda mais conforto, mais espaços e uma maior diversidade em matéria de géneros musicais. Acho que abraçamos praticamente todos os géneros de música. O F é um festival de convívio, de reencontros. É também um F de família. O facto de as crianças até aos 12 anos não pagarem bilhete de entrada é um claro convite às famílias. Na edição de 2019, tivemos entre 2 e 3 mil crianças por dia. As famílias sentem-se seguras no festival e isso para nós é motivo de orgulho", disse ainda Paulo Santos na apresentação do evento à imprensa.
"É muito emocionante ver tantos artistas portugueses aqui presentes. Artistas de tantos géneros distintos", começou por dizer Vasco Sacramento, da promotora Sons Em Trânsito. "Eu costumo dizer que, todos os anos, o Festival F tenta tirar uma radiografia à música portuguesa da atualidade de cada ano. Acho que nunca conseguimos fazer isso de uma forma tão perfeita como agora", continuou o promotor do evento, sublinhando a riqueza das "parcerias" artísticas que se têm formado neste ponto de encontro da música em Faro.
"Há uma coisa que me comove bastante no F. Há muitos duetos e colaborações que nasceram nos camarins do festival. Nasceram no ambiente que se cria nos bastidores".
O Festival F é um festival de música mas não só. Mantêm-se as tertúlias diárias, cujos temas e convidados serão anunciados em breve, as exposições de arte na Fábrica da Cerveja, no Museu e na Galeria Trem. O espaço dedicado à arte de gargalhar, o de stand up comedy, conta com as atuações de Hugo Sousa, João Pinto, Inês Coimbra e Youre Cabral (no dia 1), Alexandre Santos, Eduardo Pita Negrão, Daniel Silva e André Pinheiro (no dia 2) e Dário Guerreiro, Juan Pereira, Madalena Malveiro e Ricardo Maria no último dia do festival.
