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Sindicatos convocam greve na Infraestruturas de Portugal para 06 de abril

As últimas paralisações da IP provocaram fortes constrangimentos na circulação de comboios.

Sindicatos convocam greve na Infraestruturas de Portugal para 06 de abril
MIGUEL A. LOPES/LUSA

Os sindicatos Sintap e Sinafe anunciaram uma greve de 24 horas na Infraestruturas de Portugal (IP) para o dia 06 de abril, apontando o “silêncio” da empresa e do Governo nas negociações com os trabalhadores, segundo um comunicado.

Na nota, hoje divulgada, o Sintap – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos e o Sinafe – Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins disseram que, “depois da jornada de luta dos passados dias 28 de fevereiro e 02 de março, os trabalhadores esperavam que a Infraestruturas de Portugal e os ministros que a tutelam encontrassem algum tempo nas suas agendas para [os] receberem”.

No entanto, quase um mês depois, e apesar de “diversas tentativas desencadeadas pelo Sinafe e pelo Sintap”, não houve “qualquer resposta e os problemas que afetam os trabalhadores não só se mantêm como se avolumam”.

“A greve ocorreu num contexto extremamente desfavorável”, recordaram, dando conta de que se verificaram “fortes constrangimentos rodoviários e ferroviários”.

“O tempo vai passando e os aumentos atribuídos pela empresa não são bastantes para enfrentar o aumento do custo de vida”, lamentaram, garantindo que “este ‘aumento por decreto’ não cobre metade da inflação verificada o ano passado”.

O Sinafe e o Sintap garantiram que “mantêm a porta aberta para a negociação, considerando que ainda existem condições para um aumento salarial digno e que traga mais poder de compra aos trabalhadores”.

No entanto, “também sabem que o silêncio da empresa e da tutela obrigam os trabalhadores a voltar à greve e, assim, no próximo dia 06 de abril” irão voltar “a parar a IP por 24 horas”, asseguraram.

Os sindicatos reivindicam o aumento dos valores salariais e do poder de compra, a retoma da negociação coletiva, a “não discriminação de trabalhadores” e mais contratações.