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Dono do grupo Impala fica em liberdade com caução de 500 mil euros

Jacques Rodrigues ficou proibido de sair para o estrangeiro e sujeito à entrega do passaporte.

Dono do grupo Impala fica em liberdade com caução de 500 mil euros
Pixabay

O dono do grupo de comunicação social Impala, Jacques Rodrigues, vai ficar em liberdade mediante o pagamento de uma caução de 500 mil euros, decidiu hoje o Tribunal de Instrução Criminal de Sintra relativamente ao processo “Última Edição”.

Segundo informação veiculada pelo tribunal, que considerou “verificados os perigos de fuga, perigo para a aquisição e conservação da prova e perigo de continuação da atividade criminosa”, Jacques Rodrigues ficou também proibido de se ausentar para o estrangeiro e sujeito à obrigação de entregar o passaporte.

O empresário ficou ainda suspenso do exercício de funções no grupo Impala e proibido de contactar com os restantes arguidos, à exceção dos familiares (Maria José Correia, Jaques Gil, Cláudio Rodrigues e Ana Paula Rodrigues), e com as técnicas de contabilidade da Nucase e as testemunhas indicadas.

O filho do empresário, Jacques Gil Rodrigues, ficou apenas sujeito à medida de coação menos gravosa – Termo de Identidade e Residência (TIR).

O advogado Natalino Vasconcelos e o contabilista José Rito ficaram também apenas com o TIR, a suspensão de funções no grupo Impala e a proibição de contactos com os outros arguidos e demais testemunhas.

Os quatro arguidos estavam detidos desde quinta-feira na sequência da operação “Última Edição” desencadeada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), na qual se suspeita da prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, insolvência dolosa agravada, burla qualificada e falsificação ou contrafação de documentos. No âmbito desta operação foram constituídos 10 arguidos.

Em causa, segundo a nota então divulgada pela PJ, está uma investigação criminal sobre um plano criminoso traçado para ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de credores, trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de 100 milhões de euros.