Esta sexta-feira, dia 21 de abril, André Henriques partilhou o primeiro single do próximo disco a solo. O tema chama-se 'Os Fantasmas de Amanhã' e está disponível em todas as plataformas digitais. O álbum tem lançamento marcado para o segundo semestre de 2023. É o segundo trabalho de originais, que dá continuidade ao trabalho a solo do artista português, começado em "Cajarana".
O músico também anunciou que vai atuar no Teatro Maria Matos, em Lisboa, no próximo dia 15 de novembro.
"Depois de editar 'Cajarana' em 2020, André Henriques fugiu da cidade para o campo e deixou que essa experiência o guiasse na procura de novas palavras e sonoridades", conta o comunicado que chegou hoje à redação. "Em 'Os Fantasmas de Amanhã' o músico revela novas cores na sua música, ouvem-se agora clarinetes por cima de um groove desacelerado, algures entre a soul de Marvin Gaye, a alma de Tim Maia e o nervo de Vic Chesnutt. Para o processo de gravação em estúdio, André Henriques contou com dois artistas brasileiros: Ricardo Dias Gomes e Domenico Lancellotti, músicos que já trabalharam com nomes como Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Orquestra Imperial, entre outros", refere ainda a nota de imprensa.
"A realização do vídeo ficou a cargo de Paulo Segadães, num plano sequência que nos mostra André com a sua guitarra, para que mais nada nos distraia do essencial: as palavras e a música".
Ainda hoje recebo cartas endereçadas ao antigo proprietário da casa onde estou. Ele já faleceu há uns anos, mas por alguma razão nunca encontro coragem para informar o carteiro de que o senhor já não mora aqui. É como se estivesse nas minhas mãos o seu último fôlego, uma remota possibilidade de existir. Dei por mim a pensar que um dia alguém vai receber as minhas cartas. Ironicamente, o meu amigo Paulo Segadães, fotógrafo e músico que realizou este bonito filme, já foi carteiro há muitas vidas atrás e soube exactamente o que fazer com tudo isto. Filmámos na cozinha da Cave, a casa-estúdio do Domenico e do Ricardo, onde gravei as canções do meu novo disco a solo.
André Henriques
