A lendária cantora brasileira Rita Lee morreu na noite de ontem, na sua residência, em São Paulo, rodeada pelos seus entes mais próximos - comunicou hoje a sua família. A artista de 75 anos estava a lutar contra um cancro no pulmão.
O velório, aberto ao público, decorre na cidade onde faleceu, a partir de amanhã, no Planetário do Parque Ibirapuera. Por vontade da artista, o corpo será cremado numa cerimónia privada.
O seu estado de saúde agravou-se a partir de de fevereiro deste ano, quando a cantora foi internada de urgência no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a uma perda drástica de peso em quatro dias.
Depois de ter sido diagnosticada com cancro em 2021, Rita Lee chegou a declarar o problema oncológico como ultrapassado no ano passado.
Rita Lee preparava-se para lançar este ano a sua segunda autobiografia "Rita Lee: outra autobiografia", depois de editado "Rita Lee: uma autobiografia" em 2016.
Rita Lee é o grande ícone feminino do rock brasileiro, num percurso que se começou a mitificar bem cedo, em plenos anos 60, como vocalista dos Mutantes, grupo de que saiu incompatibilizada no início dos anos 70.
Ao longo da sua carreira a solo, Rita Lee editou 32 álbuns de estúdio, o último deles, "Reza", de 2012.
A partir de 1980, com a colaboração da sua grande paixão amorosa, o multi-instrumentista Roberto de Carvalho, a glorificação de Rita Lee inclina-se ainda mais, com êxitos como 'Lança Perfume', 'Baila Comigo', 'Flagra' ou 'Desculpe o Auê', que se tornam familiares e eternos no imaginário do pop-rock brasileiro.
Prova dessa grandeza enquanto vulto incontornável do rock brasileiro, Rita Lee torna-se numa grandes figuras do cartaz internacional da primeira edição do Rock in Rio, em 1985. A cantora pôde mostrar o seu enorme carisma diante de uma enorme multidão, justificando o título que lhe era atribuido de "rainha do rock brasileiro".
