A Câmara de Lisboa quer que a Rua da Prata, em obras desde dezembro, passe a ser interditada ao trânsito automóvel e seja dedicada à acessibilidade pedonal e ciclável e à circulação do elétrico, anunciou o executivo esta quarta-feira.
"Estando a terminar a obra, nós pensamos: O que é que vamos fazer a seguir? (…)o nosso propósito é reforçar a acessibilidade pedonal, reforçar a acessibilidade ciclável e pensar nesta rua como uma rua que tem essa dimensão mais forte. Vai continuar a ter pelo menos o elétrico, porque é necessário”, declarou o vice-presidente da Câmara de Lisboa, que tem o pelouro da Mobilidade.
O autarca falava na Rua da Prata, no âmbito do lançamento do BICI - Bloomberg Initiative for Cycling Infrastructure, programa promovido pela Bloomberg Philanthropies e pela Global Designing Cities Initiative, que pretende melhorar as ligações escolares através da mobilidade ativa e a conectividade da rede ciclável da cidade.
Lembrando que a Baixa de Lisboa já tem uma via exclusivamente pedonal, que é a Rua Augusta, Filipe Anacoreta Correia disse que a Rua da Prata será mais uma em que a mobilidade pedonal e a mobilidade suave serão reforçadas.
A Rua da Prata encontra-se fechada ao trânsito na sequência das chuvas intensas que ocorreram em dezembro de 2022 e que provocaram um abatimento nas paredes do coletor, exigindo uma intervenção urgente do município para executar os trabalhos de reparação do troço afetado.
Aproveitando a celebração da Semana Europeia da Mobilidade, que se assinala desde 2002, anualmente, de 16 a 22 de setembro, o vice-presidente da câmara destacou a preocupação do executivo de responder a "uma velha aspiração de quem anda de bicicleta", que é ligar o Marquês de Pombal ao rio Tejo por via ciclável.
"Durante muitos anos foi objeto de muita discussão e nós queremos mostrar esse compromisso fazendo um teste", apontou o autarca, referindo-se ao ensaio de uma ciclovia no Rossio, "não apenas para testar as pessoas que andam de ciclovia, mas perceber também como é que a cidade se comporta face àquela reserva de espaço (…), desde logo como é que o trânsito também se comporta".
Apesar de não se comprometer com prazos, Filipe Ancoreta Correia prevê que a obra na Rua da Prata termine em novembro, referindo que esta via está há vários meses fechada e os empresários têm sofrido com este encerramento devido à intervenção nos coletores de saneamento.