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Acidentes e mortos nas estradas aumentaram no primeiro semestre do ano

O maior aumento nas vítimas mortais e nos feridos graves deu-se em abril.

Acidentes e mortos nas estradas aumentaram no primeiro semestre do ano

Os acidentes de viação aumentaram 9% e o número de mortos 11,5% no primeiro semestre do ano face ao mesmo período de 2022, tendo-se registado 16.419 acidentes e 233 vítimas mortais, indicou esta quinta-feira a Segurança Rodoviária.

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que divulgou o relatório de sinistralidade a 24 horas e fiscalização rodoviária do primeiro semestre de 2023, diz que, entre janeiro e junho, registaram-se ainda 1.120 feridos graves e 19.092 feridos ligeiros.

O relatório mostra que se verificaram aumentos em todos os principais indicadores em relação ao mesmo período de 2022, registando-se mais 1.358 acidentes, mais 24 vítimas mortais, mais 53 feridos graves e mais 1.533 feridos ligeiros.

A ANSR precisa que o agravamento da sinistralidade em número de os acidentes e feridos ligeiros foi mais expressivo em janeiro, mas o maior aumento nas vítimas mortais e nos feridos graves deu-se em abril.

No documento, a ANSR faz uma comparação com o ano 2019, uma vez que é o ano de referência para monitorização das metas fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030, tendo ocorrido menos 246 acidentes e menos 994 feridos ligeiros, mas registaram-se mais sete mortos e mais 72 feridos graves.

Nos primeiros seis meses do ano, o número de vítimas mortais foi semelhante dentro (116) e fora das localidades (117), mas a maioria dos acidentes verificou-se dentro das localidades, num total de 13.035.

Segundo o relatório, os acidentes e vítimas mortais dentro das localidades aumentaram até junho em relação ao mesmo período de 2022. Pelo contrário, fora das localidades os acidentes diminuíram e o número de mortos registou uma ligeira descida.

Quanto ao tipo de via, 64% dos acidentes ocorreram em arruamentos, correspondendo a 36,5% das vítimas mortais, mais 30% face ao mesmo período de 2022.

Segundo a ANSR, os maiores aumentos do número de mortos ocorreram nas estradas regionais e nos arruamentos, em contraste com menos nos itinerários complementares e autoestradas.

Em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros corresponderam a 70,9% do total, verificando-se um aumento relativamente ao primeiro semestre de 2022, mas as maiores subidas foram em desastres envolvendo motociclos, velocípedes, bem como no número de mortos.

O relatório avança também que, nos primeiros seis meses do ano, verificou-se um aumento no número de acidentes em 15 dos 18 distritos, com maior expressão em Bragança, Castelo Branco e Beja.

No que diz respeito ao número de vítimas mortais, os aumentos ocorreram em 10 distritos, com os maiores aumentos absolutos nos distritos de Porto e Setúbal.

A ANSR indica ainda que, entre janeiro e junho, considerando a distribuição do número de vítimas mortais pela rede rodoviária e respetivas entidades gestoras, verificou-se que 42% das vítimas mortais correspondeu à Infraestruturas de Portugal (IP), 3,9% à Brisa e 3% à Ascendi.

De acordo com o documento, 50,1% das vítimas mortais decorreram de acidentes nas vias da rede rodoviária nacional e 49,8% às vias sob gestão municipal.