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Luís Represas e MGMT nos lançamentos da semana

Sai também hoje o álbum que junta Rod Stewart a Jools Holland, "Swing Fever".

Luís Represas e MGMT nos lançamentos da semana
DR

Luís Represas lança hoje o seu primeiro álbum em mais de cinco anos, de nome "Miragem". Segundo avança o cantor dos Trovante à Lusa, o tema-título surgiu há praticamente dez anos no Rio de Janeiro, por desafio do músico brasileiro Ricardo Leão. Luís Represas gravou ainda com Zélia Duncan uma versão do 'Meu Erro', um original dos Paralamas do Sucesso. Os concertos de apresentação de “Miragem” estão marcados para os dias 14 e 15 de março nos coliseus do Porto e de Lisboa, respetivamente.

Sai hoje o quinto álbum dos MGMT, "Loss of Life". A dupla formada pelo vocalista e guitarrista Andrew VanWyngarden e pelo teclista Benjamin Goldwasser continua inconformada com o jeito para as canções, continuando a dar reviravoltas nos seus métodos, dentro do seu laboratório eletro-psicadélico. Há até uma canção desassombradamente pop, no tema 'Dancing In Babylon', em que colabora a artista francesa Christine and the Queens.

Rod Stewart junta-se ao pianista Jools Holland (conhecido também pelo programa da BBC de música ao vivo, "Later with Jools Holland") para o álbum que sai hoje, "Swing Fever", numa revisita às profundezas americanas, sobretudo ao jazz e aos blues. Os dois interpretam uma série de clássicos, sobretudo dos anos 30 e 40. Uma multidão de músicos acompanha Rod Stewart e Jools Holland, sobretudo da secção de metais.

Um dos álbuns que pode marcar este ano é publicado nesta sexta-feira e vem da inglesa Nadine Shah. O disco chama-se "Filthy Underneath", é o quinto longo de estúdio da cantora de 38 anos e tem uma intensidade heterógena, vinda de um caldeirão emocional de perda da mãe, de pandemia, do seu casamento e subsequente divórcio e de uma tentativa de suicídio. Nadine Shah superou isso tudo com uma obra colossal, de rock dramático e flexivelmente eletrónico, e uma personalidade, a sua, que é tremenda.

No fado, destaque para Teresinha Landeiro que lança o álbum "Para Dançar e para Chorar", que abraça outros géneros como como seus irmãos, como o folclore nacional ou o jazz. MARO, Mário Laginha, Beatriz Pessoa, Milhanas, Jorge Cruz, Francisco Guimarães e Rita Dias formam o leque de compositores para os temas de "Para Dançar e para Chorar". "Já não vou para os dramas de amor com a facilidade com que ia. A 'O Que Somos (Fado da Memória)' tem uma letra sobre o Alzheimer, por exemplo. O 'Cada Um, Um Lugar', que é um folclore que fiz com o meu companheiro de composição Pedro Castro, retrata os contrastes entre as realidades que existem em vários cantinhos de Portugal. E quem diz em Portugal, diz no resto do mundo. Há também as homenagens que faço aos meus avós. 'Trocavam Cartas de Amor' é um tema sobre as cartas que os meus avós maternos trocavam em tempos de guerra e há uma letra que é sobre o medo", afirma a fadista em entrevista à nossa rádio, conduzida pela jornalista Sílvia Mendes, que pode ler neste link.

Saem ainda nesta sexta-feira novos álbuns dos Real Estate, “Daniel”, dos históricos do pós-punk Modern English, “1 2 3 4”, de Laetitia Sadier (dos Stereolab), “Rooting For Love”, de Mary Timony (ex-Helium e ex-Wild Flag, e por isso um membro distinto das Ex Hex), “Untame the Tiger”, e de Erika Casier, “Still”. 

Terminamos a revista parcial dos lançamentos discográficos a enfiar-nos em espiral pela arca sem fundo do tempo. É lançado hoje em vinil o disco duplo “Dume”, de Neil Young & The Crazy Horse, que se foca em meados dos anos 70, com os temas do mítico álbum "Zuma" e as primeiras gravações de temas de álbuns subsequentes, como “Rust Never Sleeps”. Quase a comemorar os 40 anos do arranque da discografia dos Cult, é reeditado hoje em vinil o longo de estreia “Dreamtime”, quando a banda do vocalista Ian Atsbury e do guitarrista Billy Duffy vivia no esplendor do rock gótico. Terminamos com duas caixas robustas: “1985” dos folk-rockers The Waterboys (com foco no álbum “This Is the Sea” e no seu tema mais popular ‘The Whole of the Moon’) e "The Löst Tapes" dos Motörhead (em 5 discos ao vivo de cinco concertos diferentes).