Os trabalhadores da EMEL voltaram hoje a concentrar-se em plenário junto à Câmara de Lisboa para reivindicar uma reunião com a autarquia e a empresa por melhores condições laborais, tendo sido recebidos por Carlos Moedas, disse fonte sindical.
Em declarações à Lusa, Orlando Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), explicou que, uma semana depois do último plenário em frente à Câmara de Lisboa, que juntou mais de uma centena de trabalhadores, hoje voltaram a juntar-se em número idêntico para exigirem que sejam cumpridos os compromissos já assumidos pela empresa em 2023 e não implementados.
"Desta vez, acabámos mesmo por ser recebidos pelo presidente [da Câmara de Lisboa] Carlos Moedas que agendou uma nova reunião connosco para 14 de março", disse Orlando Gonçalves, reconhecendo alguma estranheza por serem necessários 15 dias até novo encontro.
Hoje, de acordo com o sindicalista, a comitiva conseguiu "expor a situação relativamente ao caderno reivindicativo e aos anseios e descontentamento dos trabalhadores".
Segundo explicou, em causa está a negociação do caderno reivindicativo para 2024 dos trabalhadores da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), um processo que já se arrasta há três meses e que o aumento proposto aos trabalhadores foi de 52,64 euros, de acordo com a função pública.
Orlando Gonçalves avançou que a Câmara Municipal de Lisboa tem uma "responsabilidade acrescida", apesar de a EMEL (detida a 100% pela autarquia) ter autonomia.
"Enquanto acionista, [a CML] pode dar indicações para a administração", disse o sindicalista, salientando haver uma matéria, além dos salários, que os trabalhadores colocam em cima da mesa e não abdicam que é o "compromisso de implementação das diuturnidades acordado no processo do ano passado e que querem que seja cumprida a palavra".
Segundo o sindicalista explicou à Lusa no plenário da semana passada, o facto de os trabalhadores da EMEL terem um Acordo de Empresa "não tem de ser aplicado o aumento da função pública", considerando igualmente que a proposta "está longe daquilo que os trabalhadores exigem e também do que a empresa também pode [dar]".
"Perante a irredutibilidade de avançar com mais, os trabalhadores decidiram avançar para a porta de Carlos Moedas" para que "leve a cabo o que anda a prometer", disse.
Segundo o sindicalista, tem sido utilizado o argumento que a tutela tem de se pronunciar sobre as matérias laborais, em relação à negociação do acordo de empresa e aos aumentos salariais dos trabalhadores, contrariando o que os responsáveis da Câmara "invocaram ao longo dos tempos".
"Dia 14 temos reunião e eu disse a Carlos Moedas que não gostava de vir para a sua porta, mas que os trabalhadores estão determinados em continuar a sua luta se não virem as suas reivindicações atendidas", sublinhou.
Nuno Fox
26 julho 2024
26 julho 2024
26 julho 2024
26 julho 2024
26 julho 2024
26 julho 2024
26 julho 2024
26 julho 2024