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Governo quer utilizar 'drones' em zonas de maior risco

Medida faz parte da revisão do modelo de organização das forças de segurança.

Governo quer utilizar 'drones' em zonas de maior risco
LUSA
O Governo quer utilizar 'drones' e alargar a videovigilância nas zonas de maior risco, segundo o programa entregue hoje na Assembleia da República, que avança com uma revisão ao modelo de organização das forças de segurança.

Segundo o Programa do XXIV Governo Constitucional, é intenção do executivo "rever as regras para a instalação de sistemas de videovigilância em zonas de risco, prevendo a expansão da rede CCTV [conjunto de câmaras colocadas em lugares estratégicos que captam e transmitem imagens para um sistema de gestão de vídeo], a utilização de 'drones' e a utilização de sistemas de registo de imagem pelas forças de segurança, garantindo os direitos fundamentais dos cidadãos".

Na área da segurança, o Governo promete "avaliar e rever o modelo organizativo das forças de segurança, adequando-a à nova realidade territorial" e "promover a utilização de novos instrumentos", como os sistemas de videovigilância e das 'bodycams'(pequenas câmaras colocadas nos uniformes dos polícias).

"Criar equipas multidisciplinares, capazes de analisar, avaliar e conceptualizar os vários contextos, internos e externos, em que as forças de segurança desenvolvem as suas atividades" e "acelerar a revisão do conceito estratégico de segurança interna, atualizando-o e adaptando-o às novas dinâmicas sociodemográficas e a novas ameaças internas, através de uma ampla e alargada reflexão" são outros objetivos do Ministério da Administração Interna (MAI), liderado por Margarida Blasco.

O MAI quer ainda "inverter, em matéria de segurança rodoviária, uma trajetória de abrandamento da convergência com a média europeia em termos de sinistralidade".

O programa do Governo da Aliança Democrática (AD) foi hoje aprovado, em Conselho de Ministros, na véspera de dois dias de debate no parlamento, na quinta-feira e sexta-feira.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que o documento tem como base o programa eleitoral da AD, mas incorpora "mais de 60 medidas de programas eleitorais de outros partidos com representação parlamentar".