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Cimeira para a Paz na Ucrânia pede envolvimento de "todas as partes"

O Presidente português já tinha defendido o "alargamento a novos parceiros".

Cimeira para a Paz na Ucrânia pede envolvimento de "todas as partes"
EPA/URS FLUEELER

O comunicado final da Cimeira para a Paz na Ucrânia "reafirma a integridade territorial do país" e pede que "todas as partes" estejam envolvidas para se alcançar a paz.

O texto, citado pela agência France-Presse (AFP), foi apoiado pela grande maioria dos participantes e reafirma “os princípios da soberania, da independência e da integridade territorial de todos os Estados, incluindo a Ucrânia”.

Em declarações aos jornalistas depois de intervir na derradeira sessão plenária da cimeira que decorre desde sábado na estância de Burgenstock, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, tinha defendido o “alargamento a novos parceiros”.

“Este é um passo, há outros passos, e nos outros passos é bom que haja o alargamento a novos parceiros, naquela expressão que provavelmente o comunicado vai adotar ‘all parties’ [todas as partes]. E eu acrescentei que, em rigor, deviam ter estado já aqui neste primeiro passo, mas poderão estar em passos seguintes”, afirmou o chefe de Estado.

Questionado sobre quem mais deve ser envolvido no processo, Marcelo, sem mencionar explicitamente a Federação Russa, respondeu que as conversações devem ser alargadas a “todas as partes envolvidas” diretamente no conflito.

Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu ordenar imediatamente um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se Kiev começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscovo em 2022 e renunciasse aos planos de adesão à NATO.

Estas reivindicações constituem uma exigência de facto para a rendição da Ucrânia, cujo objetivo é manter a sua integridade territorial e soberania, mediante a saída de todas as tropas russas do seu território, além de Kiev pretender aderir à aliança militar.

As condições colocadas por Moscovo foram rejeitadas de imediato pela Ucrânia, Estados Unidos e NATO.