Apesar do interesse por notícias se manter estável nos últimos três anos, os portugueses revelam maior saturação com notícias e muitos dizem evitar notícias de forma ativa.
A conclusão é do Reuters Digital News Report 2024, o relatório anual sobre o consumo de notícias que analisou 47 países, incluindo Portugal.
O relatório, divulgado esta segunda-feira, revela ainda que os portugueses mostram-se mais preocupados com a desinformação, com 72% dos inquiridos a mostrar preocupação com o que é real ou falso na internet, sendo que a média global dos países analisados é de 59%.
A televisão continua a liderar como a fonte preferencial de notícias para os portugueses, mas verifica-se também um aumento do consumo de notícias através de podcasts e vídeos curtos, que é transversal a várias faixas etárias.
No capítulo da Inteligência Artificial (IA), os portugueses manifestam-se pouco confortáveis com notícias totalmente produzidas com recurso a IA, sendo que metade dos inquiridos refere pouco conhecimento sobre a tecnologia.
Portugal continua a ser um dos países onde menos se paga por notícias online. Apenas 12% dos inquiridos afirma ter pago por notícias online no ano anterior, em Portugal, quando a nível global a percentagem se mantém nos 17%.
Quanto ao ranking de confiança nas notícias é liderado pela RTP, sendo que a Rádio Comercial lidera nas rádios.
No entanto, entre 2015 e 2024, registou-se uma quebra de 10 pontos percentuais na confiança em notícias em geral e de 13 pontos percentuais nas notícias consumidas.
