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Ministro das Infraestruturas reúne esta tarde com sindicatos da CP

Miguel Pinto Luz quer manter diálogo com trabalhadores para evitar novas paralisações como as de hoje.

Ministro das Infraestruturas reúne esta tarde com sindicatos da CP
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, disse hoje que a forma de evitar greves na CP - Comboios de Portugal, como a de hoje, é através do diálogo, afirmando que hoje haverá uma reunião com os sindicatos.

Questionado hoje em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, acerca da greve de hoje na CP, a primeira que enfrenta enquanto ministro da tutela, Miguel Pinto Luz disse que quer "desde logo, estabelecer linhas de diálogo próximas".

"Hoje à tarde teremos já uma reunião com os sindicatos, e isso é necessário e objetivo. Mas temos de trabalhar ainda a montante, que é perceber aquilo que são as reais necessidades e manter essas linhas de diálogo", prosseguiu.

O ministro falava após a cerimónia da inauguração da extensão da Linha Amarela (D) do Metro do Porto, entre Santo Ovídio e Vila d'Este (Gaia), que decorreu hoje na estação de Manuel Leão.

Para Miguel Pinto Luz, "o diálogo é fundamental: não só proclamar diálogo mas efetivamente ter essas linhas estabelecidas".

"Os trabalhadores têm legítimas expectativas, legítimas necessidades, e nós, do lado do Governo e da gestão das empresas públicas, temos que garantir que os dois lados estão equilibrados, dentro de equilíbrios que sejam razoáveis, e tendo sempre em mente que há um bem maior, que é o interesse público", vincou o ministro.

A greve dos trabalhadores da CP, convocada por vários sindicatos, está a ter uma adesão "praticamente total", segundo o secretário-geral da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), que indica que apenas se cumpriram os serviços mínimos.

"Neste momento, aquilo que é a parte comercial [bilheteiras] da CP está encerrada e a circulação que se realizou foi aquilo que foi programado como serviços mínimos. De resto, não há nem mais circulação, nem se veem trabalhadores nos locais de trabalho", disse à agência Lusa José Manuel Oliveira.

O responsável, que falava pelo conjunto dos sindicatos que convocaram esta paralisação, disse ainda que as oficinas apenas começam a partir das 08:00 e que os serviços da área técnica e administrativa a partir das 09:00, pelo apenas depois dessas horas conseguirá ter dados sobre a adesão nesses locais.

Até às 08:00, a Lusa ainda não tinha conseguido saber junto da CP quantos comboios foram suprimidos.

Na quinta-feira, a CP - Comboios de Portugal avisou que eram esperadas perturbações na circulação, em especial até sábado, e adiantou que a greve também poderá afetar as circulações do Comboio Histórico do Douro.

Os clientes com bilhetes para viajar nos comboios alfa pendular, intercidades, internacional e inter-regional podem pedir o reembolso total do mesmo ou a sua troca.

O Tribunal Arbitral decidiu decretar serviços mínimos, de cerca de 25%.

Os trabalhadores reivindicam a valorização das suas carreiras, segundo um documento subscrito por mais de 10 organizações sindicais.

A decisão do Tribunal sobre esta paralisação inclui, além dos tradicionais serviços mínimos em comboios de socorro e transporte de mercadorias perigosas e bens perecíveis, uma lista de comboios que devem ser assegurados.