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Três mortos em naufrágio ao largo da Marinha Grande

Autoridade Marítima regista ainda três desaparecidos.

Três mortos em naufrágio ao largo da Marinha Grande
naufrágio Autoridade Marítima Nacional

Três pessoas morreram e três estão desaparecidas, esta manhã, depois de uma embarcação de pesca ter virado ao largo das praias de São Pedro do Moel e de Leiria, avança a Autoridade Marítima Nacional.

Foram também resgatadas 11 pessoas com vida, transportadas para o porto da Figueira da Foz. As autoridades estão em busca de quatro embarcações de pesca. 

O alerta para o adornamento da embarcação foi dado às 04:33 para o comando local da Polícia Marítima da Nazaré.

No local estão 38 elementos e 20 meios de socorro.

Um pescador em estado grave transferido da Figueira da Foz para Coimbra  

Sete de 11 dos resgatados do naufrágio ao largo de praias de Leiria deram entrada no Hospital Distrital da Figueira da Foz, um dos quais em estado grave, informou a diretora clínica, Sónia Campelo Pereira.

Segundo a médica, o ferido mais grave tem 57 anos e vai ser transferido para a Unidade de Cuidados Intensivos dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) com problemas respiratórios.

“Três das vítimas já tiveram alta e outras três estão em observações”, revelou a diretora dos cuidados hospitalares do Hospital Distrital da Figueira da Foz, num ponto de situação feito depois das 10:30, junto ao Serviço de Urgência.

As três vítimas em observações apresentam problemas de foro respiratório, bem como taquicardias. 

Armador sem explicação para naufrágio

O armador António Lé, presidente da Organização de Produtores da Figueira da Foz, disse hoje não haver explicações para o naufrágio da embarcação “Virgem Dolorosa” ao largo de praias de Leiria, que causou a morte a, pelo menos, três pescadores.

“A embarcação estava no exercício da sua atividade, em conjunto com as outras [mais seis da mesma organização] e, de um momento para o outro, virou. Não se sabe as razões, não se sabe nada, virou”, afirmou, em declarações à agência Lusa, António Lé.

Segundo o responsável, a embarcação foi comprada há três anos, é moderna e a tripulação experiente.

“Nada justifica o que aconteceu”, reforçou.

Câmara da Marinha Grande lamenta mortes e diz que foco é encontrar desaparecidos

O presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, lamentou as mortes no naufrágio de uma embarcação hoje de madrugada no concelho e destacou que o foco é encontrar os desaparecidos.

“Lamento que tenha acontecido, mas quem está no mar, naturalmente, sabe que estes são os riscos de quem anda na faina”, afirmou aos jornalistas Aurélio Ferreira, na praia do Samouco, concelho da Marinha Grande.

Um naufrágio na madrugada de hoje entre as praias de São Pedro de Moel e da Vieira, no concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria, provocou três mortos e três desaparecidos, tendo 11 pessoas sobrevivido.

Aurélio Ferreira expressou uma “palavra de conforto” aos familiares e amigos das vítimas, assegurando que o foco é encontrar as pessoas desaparecidas.

Segundo o autarca, as causas do naufrágio são, neste momento, desconhecidas, referindo que “as pessoas sobreviventes vão testemunhar o que é que aconteceu e em que circunstâncias é que estava a decorrer a pesca”.

“As condições e porque é que aconteceu uma situação destas ainda não sabemos”, acrescentou.

Aurélio Ferreira explicou que, da informação de que dispõe, a traineira, com o nome “Virgem Dolorosa”, de 24 metros de comprimento por seis de largura, naufragou pelas 04:00, a cerca de uma milha náutica da costa.

“Havia mais barcos à volta, portanto, havia mais gente a pescar na mesma zona e desde por volta das quatro e pouco deixaram de ter sinal dele e, portanto, foi quando encontraram o barco que estava já a adornar”, referiu o presidente do Município da Marinha Grande.

Questionado sobre as condições do mar, o autarca referiu que “não é um mar muito revolto”, notando que “não é tão brusco como foi no inverno”.

[Notícia atualizada às 12h00]