Ainda não tem a nossa APP? Pode fazer o download aqui.

Rastreio às infeções sexualmente transmissíves em todo o país

O rastreio vai dar origem ao primeiro estudo, em Portugal Continental, sobre a prevalência dos microorganismos que provocam infeções sexualmente transmissíveis.

Rastreio às infeções sexualmente transmissíves em todo o país

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, está a levar a cabo o primeiro estudo, a abranger Portugal Continental, sobre a prevalência dos quatro microorganismos que provocam infeções sexualmente transmissíveis, como é o caso da doença inflamatória pélvica.

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde estes microorganismos causam mais de 350 milhões de novas infeções, por ano.

O objetivo é perceber a prevalência destas doenças curáveis, em Portugal. O rastreio é dirigido "exclusivamente à população jovem que é a população mais afetada em termos de saúde por esses quatro microorganismos. São quatro infeções sexualmente transmíssiveis que muitas das vezes não dão sintomas muito evidentes, mas que não é por isso que não evoluem para situações clínicas mais graves no futuro", explicou à nossa redação a investigadora e coordenadora do Laboratório Nacional de Referência das IST e responsável pelo estudo Dra. Maria Borrego.

 

São necessários 2 mil jovens para que a amostra seja estatisticamente significativa e, de acordo com a responsável, para que haja "uma fotografia da situação agora" que será "muito importante para as autoridades de saúde para fazerem um maior acompanhamento depois dessa situação e para eventualmente tomarem algumas medidas especiais para os jovens, dependendo dos resultados, mas para a necessidade de os despistar, para terem mais cuidados preventivos e fazerem o rastreio porque estas quatros infeções, que são objeto deste estudo, são todas curáveis".

A expectativa do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, é que os resultados possam ser publicados até ao final deste ano, mas para isso os dois mil jovens necessários terão de fazer o rastreio o quanto antes. Maria Borrego só vê vantagens na realização do rastreio por parte dos jovens, entre os 18 e os 24 anos, "porque com um simples rastreio e um simples tratamento poderão colocar-se numa situação muito mais favorável para não terem qualquer espécie de receio de sequelas graves para a sua saúde".

O rastreio é gratuito, voluntário e anónimo. Pode ser feito, em qualquer laboratório do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa e amanhã, quarta-feira, pode também ser feito na Universidade de Coimbra, na Faculdade de Farmácia.

Hoje assinala-se o Dia Internacional do Preservativo.