O navio espanhol encalhado na foz do Rio Tejo, à saída da Barra de Lisboa, "mexeu-se ligeiramente" esta madrugada, durante nova operação de arrasto com um rebocador, por altura da preia-mar, segundo fonte oficial.
O porta-voz da Autoridade Marítima Nacional (AMN), Fernando Pereira da Fonseca, disse à agência Lusa que, cerca das 00h30, a operação de resgate que estava prevista e a ser efetuada por um rebocador de grande porte, proveniente de Gibraltar, fez "mexer alguma coisa" o cargueiro e que as manobras se iriam prolongar por mais 45 minutos, uma vez que "a maré ainda estava a subir".
Segundo a mesma fonte, os técnicos envolvidos na operação decidiram "cortar a amarra" (âncora) com que o navio esta fundeado.
O comandante Fernando Pereira da Fonseca explicou que "o navio rebocador e o navio encalhado estavam ligados pelo cabo de reboque. Durante a tarde toda, o rebocador esteve a fazer alguma tensão para perceber a dinâmica e até que ponto é que o navio se poderia movimentar, mesmo estando já na baixa-mar. Não foi visível qualquer movimento por parte do navio encalhado".
O porta-voz da AMN explicou que foram retiradas "cerca de trezentas toneladas de lastro, trezentas toneladas de peso, que é água, que está distribuída em alguns tanques do navio, para aliviar o peso do navio".
O "Betanzos" encalhou na madrugada de terça feira, no Forte de São Lourenço do Bugio, na foz do Rio Tejo, após uma falha total de energia, e transporta oito mil toneladas de areia com sílica, usada na indústria de porcelana e cerâmica.