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O rasto que a tempestade Leslie deixou em Portugal

As imagens da destruição provocada pela tempestade que atingiu este sábado à noite vários distritos, principalmente o distrito de Coimbra.

O rasto que a tempestade Leslie deixou em Portugal
LUSA

Coimbra acordou hoje com marcas da passagem do furacão Leslie um pouco por toda a cidade. O Jardim Botânico teve de encerrar temporariamente e em edifícios da Universidade parece que se "andou aos tiros" nos telhados.

Árvores caídas para a estrada, ramos por toda a parte, detritos, caixotes do lixo tombados e carros com vidros partidos são alguns dos sinais da tempestade, enquanto funcionários da proteção civil e da Câmara Municipal procuram garantir uma rápida retoma à normalidade.

No Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, ainda se fazem contas aos danos provocados pelo furacão, registando-se estragos em muros e gradeamentos, muitas árvores desbastadas pelo vento e algumas que caíram, nomeadamente uma araucária centenária, contou à agência Lusa o diretor do espaço, António Gouveia.

Horas depois da passagem do Furacão Leslie na Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, no distrito de Leiria, era visível o rasto da destruição em restaurantes, casas, apoios de praia e Polícia Marítima.

Ao percorrer a estrada que liga a Marinha Grande à Vieira de Leiria, o cinzento do fogo, que há um ano destruiu o Pinhal de Leiria, mistura-se com um cenário de centenas de árvores partidas ao meio, folhas, ramos e pinhas espalhadas ao longo dos vários quilómetros de estrada.

"Parecia o fim do mundo. Nunca vi nada assim." As frases são de Sandra Moreira, uma moradora com casa em frente à praia, cujos vidros foram destruídos por objetos que voaram, e até a parede da casa apresentava buracos.

Sandra Moreira, que limpava os estragos do Leslie durante a manhã de hoje, contou à Lusa que durante a noite de sábado foi obrigada a segurar a porta de casa, que quase cedeu à força do vento. A chaminé, as telhas e vários vidros da varanda estão partidos. "Vários destroços do restaurante da frente foram projetados contra a casa."

Na zona de Leiria, num prédio, as varandas desapareceram ou estão danificadas com pedaços de alumínio que terão sido arrancados de outros locais. A fúria do vento, como muitas pessoas constataram, também não poupou as instalações da Polícia Marítima.

O posto, que é utilizado de forma permanente durante a época balnear para apoio aos veraneantes, ficou sem telhado e sem algumas paredes.

Nas redes sociais foram partilhadas muitas imagens que mostram o impacto da passagem desta tempestade por Portugal: