Juan Guaidó, atual presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, autoproclamou-se, esta quarta-feira, presidente interino do país, perante milhares de manifestantes contra e a favor de Nicolás Maduro, no leste de Caracas.
"Levantemos a mão, hoje 23 de janeiro, na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação (da Presidência da República), um governo de transição e eleições livres", disse.
Juan Guaidó começou por fazer referência a vários artigos da Carta Magna venezuelana e fez os manifestantes jurarem comprometer-se em "restabelecer a Constituição da Venezuela".
"Hoje, dou um passo com vocês, entendo que estamos numa ditadura", disse vincando saber que a sua autoproclamação "terá consequências".
Por outro lado, dirigiu-se ao Presidente Nicolás Maduro, sublinhando que "aos que estão a usurpar o poder, digo, com o grito de toda a Venezuela: vamos insistir até que regresse a água e o gás, até que os nossos filhos regressem, até conseguir a liberdade".
Segundo Guan Guaidó "não se trata de fazer nada paralelo", afirmando que tem “o apoio da gente nas ruas".
Nuestras felicitaciones a @jguaido como Presidente encargado de #Venezuela. Tiene todo nuestro reconocimiento para impulsar el retorno del país a la democracia #23Ene #OEAconVzla pic.twitter.com/AWdjVHJtZj
— Luis Almagro (@Almagro_OEA2015) 23 de janeiro de 2019
Nestas manifestações no país, já morreram pelo menos cinco pessoas e mais de 40 foram detidas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, já reconheceu Guaidó, como o legítimo presidente da Venezuela.