Uma petição pública contra a violência sobre os profissionais de saúde, lançada na semana passada por 13 médicos, foi entregue hoje na Assembleia da República.
7.773 pessoas assinaram o documento "Não à violência sobre os Profissionais de Saúde", sendo que só eram necessárias 4000 para que o assunto fosse discutido em plenário.
De acordo com João Marques Proença, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), o objetivo desta petição é alterar a lei do código penal para que se criminalizem estes atos violentos.
Na petição pode ler-se que "estas situações pela sua frequência e gravidade merecem uma proteção especial para os profissionais de saúde em sede de medidas legislativas que criminalizem, especialmente, este tipo de violência tornando mais céleres e punitivas estas medidas."
Para o presidente da FNAM , todos os responsáveis devem ser chamados à justiça e punidos.
Para João Marques Proença, um dos grandes problemas está na política de saúde que não resolve os questões mais urgentes dos utentes.
A criação do Gabinete de Segurança na Saúde, anunciada pelo Governo na semana passada, "não resolve a situação", afirma João Marques Proença.
Para o presidente da FNAM, "o problema tem de se resolver mudando a lei e obrigando as pessoas a cumprir a lei".
Conforme apontam os dados da Direção Geral de Saúde (DGS), nos primeiros nove meses de 2019, foram reportados 995 casos de violência contra os profissionais de saúde.