Clara Não (com Exclusivo Online)

Esta introdução tem de ser tão provocatória como a ilustradora Clara Não, por isso vamos ler algum do seu trabalho declaradamente feminista: “Submissão só na cama, mas com consentimento”. Ou “que as mulheres não sejam criadas para serem criadas”.

Ou “Eu, Pessoa Branca, acabei de ouvir uma piada racista em conversa com outra pessoa branca. Qual destas reações devo ter? a) rir porque é só uma piada. b) rir de remorso, soltando um “opá” de desaprovação”. C) “explicar que não é ok fazer piadas racistas, e como achar-se no direito de as fazer vem do privilégio branco”.

Clara Não tem 27 anos, fala-nos do Porto, e reivindica a igualdade e a reflexão sobre tabus sociais.

“Para mim ser feminista é acreditar e defender que a igualdade de oportunidades é possível e necessária; é também ter plena noção de que o feminismo é para toda a gente, não é só para mulheres, não é só para homens, não é só para hétero, não é só para cisgénero; e também ter numa noção de privilégio, porque há muitas escalas de privilégio”, diz Clara Não durante a conversa. Ouça a conversa completa aqui.