Era o que Faltava
Temporada 2
Júlia Pinheiro (com Exclusivo Online)
“Eu não queria ser mãe porque eu não queria ser nada disto que me transformei”
É uma das maiores estrelas de sempre da televisão portuguesa, mas o que queria mesmo, mesmo ser era arqueóloga. O primeiro beijo na boca até foi numa escavação. Júlia Pinheiro tem 58 anos e é uma comunicadora portuguesa com uma carreira de quase 40 anos em televisão, rádio, imprensa escrita e até... teatro.
É a pessoa que o Rui mais gostou de conhecer nesta vida, até porque isto das mães serem os nossos primeiros países pode toldar-nos a visão de que são antes de mães, pessoas. Formada em Linguas e Literaturas Modernas, vertente inglês, alemão, foi assessora de imprensa de um ministro, apresentou a abertura da Expo 98 e sabe bem o poder de uma farpa numa Noite da Má Língua, ou da ideia de um ovni a aterrar no Alentejo.
Pelo meio, milhares de programas de televisão. Do daytime, à coroa de rainha dos reality shows, do debate político à escrita de romances. A mãe do Rui Maria, da Matilde e da Carolina, esteve hoje no Era O Que Faltava e é absolutamente inesgotável.
No Era o Que Faltava, Júlia conta que ser mãe, não estava nos seus planos, “porque eu não queria ser nada disto que me transformei, eu não ia ser mãe de família”. A sua ideia era ser como a Christiane Amanpour (jornalista da CNN que cobriu a Guerra do Golfo), “eu ia para os cenários de guerra, eu era pessoa que estava ali, um dia Palestina, outro dia Iraque, era só fazer as malas e ir a casa mudar a roupa”.
No entanto, houve uma pessoa que a fez mudar de ideias, “de repente aparece-me o teu pai (Rui Pêgo) que lixou isto tudo”. Cruzaram-se pela primeira vez na Rádio Renascença, “começou com ideias, e depois encheu-me de meninos”.