Era o que Faltava
Temporada 3
Cláudia Vieira
“É a vida!”, diz Maria do alto dos seus três anos e meio
Abraçar árvores é algo natural para a convidada de hoje, que encontra o seu equilíbrio de pés descalços “em cima da relva ou da terra, ou na areia ou no mar”. A atriz, apresentadora e mãe Cláudia Vieira esteve à conversa com João Paulo Sousa e Ana Delgado Martins, no Era o Que Faltava.
“Educar não é nada, nada fácil”, confessa a mãe de duas meninas (Maria e Caetana), e existem “porquês” difíceis de responder: “Vou-lhe dar demasiada informação? Não?”. Quando a Maria perguntou porque é que a mãe e o pai já não são namorados?”, Cláudia ficou “à procura da resposta certa”. Enquanto isso, a filha, com três anos e meio, responde “É a vida!”. “Uma das coisas que a minha filha me ensinou foi isso mesmo, a não dar importância; a não dimensionar a importância que as coisas têm e não expor, nem para ela nem para mim para poder lidar melhor com a situação e o momento”, diz Cláudia.
Durante esta hora de conversa, a atriz confessou que, na área da representação, “estarmos envolvidos num projeto durante meses seguidos com horários relativamente alargados”, faz ansiar por férias. “Quando é que eu tenho um bocadinho de tempo para mim?”. Mas, “quando essa fase chega, ficamos perdidos e tristes”, confessa. “Não temos ninguém a exigir”, a dizer “‘tens de gravar esta cena, tens de decorar este texto’. Quando sou eu que posso controlar o meu tempo, perco”.
A convidada nem sempre consegue dar às suas filhas “aquela coisa que tanto falam que é maravilhoso que é: as rotinas”. “Eu amava dar, mas não consigo. Porque o meu trabalho não me dá isso e depois é: entre chegar a casa e a minha filha estar jantada, de banho tomado e na cama a dormir e eu não a ver ou chegar a casa e beliscar o horário de sono dela e ter uma hora de brincadeira – não me roubem isso, não me tirem isso!”