Era o que Faltava
Temporada 3
Especial Dia da Mulher com Simone de Oliveira e Catarina Furtado
“Eu levei tareias monumentais. E um dia disse 'ou abres a porta ou eu salto pela varanda' e pode ter a certeza de que saltava, só que o senhor abriu a porta”, conta Simone de Oliveira. A artista voltou a falar sobre a altura em que foi vítima de violência doméstica, por volta dos 19 anos. Este foi um dos temas abordados no episódio especial Dia da Mulher, do Era o Que Faltava, que juntou Simone de Oliveira e Catarina Furtado.
“Eu sempre tive a sensação da liberdade… Porque houve pessoas, em Portugal, como a Simone”, afirma Catarina Furtado. E continua: “Não podemos achar que só nos outros países, em desenvolvimento, é que acontecem atrocidades às mulheres”. A apresentadora afirmou ainda que “os dados deste ano já ditam que houve mais denúncias do que no ano passado, sendo que durante a pandemia não houve uma diminuição, houve foi uma falta de recursos que as mulheres tinham exatamente por estarem fechadas dentro de casa”. No entanto, Catarina Furtado esclarece que, nos países em desenvolvimento, “acontecem coisas como, por exemplo, práticas nefastas que, quando nós dizemos ‘ah isso é uma coisa cultural’, não! Quando há uma violação dos direitos humanos, não há culturas que possam sobreviver. Todos nós temos uma palavra a dizer… A mutilação genital feminina, todas estas questões…”.
“Se não existisse um trabalho muito sério, resiliente e persistente das Organizações Não Governamentais, da sociedade civil em geral e das Nações Unidas, o mundo seria muito pior”, diz Catarina. No entanto, é claro para ambas as convidadas que “os Direitos Humanos não estão adquiridos nunca. Nós temos, todos os dias, de fazer a nossa parte”.
Ao vivo na Casa do Artista, com a Ana Delgado Martins e o João Paulo Sousa, falou-se também de arte: “A música, o teatro, o cinema, a dança salvam vidas. Não tiram a fome, mas dão vida e alimentam a alma”, diz Catarina.