Gisela Casimiro

“A paralisia da perfeição também me assola muito”

Escritora, artista e ativista, Gisela Casimiro esteve no Era o Que Faltava para desfiar memórias e histórias de uma vida que começou na Guiné Bissau. Gisela confessa que hoje em dia se fala mais do medo do fracasso do que do medo do sucesso e que isso a deixa receosa. “A paralisia da perfeição também me assola muito”.

Aos cinco anos conta que já sabia aquilo que queria ser. Lembra ainda que a primeira vez que a introduziram como artista foi algo inesperado e que a deixou a pensar, questionando para si própria, “eu sou isso tudo?”.  

Ativista, Gisela Casimiro confessa que nem sempre quer estar na linha da frente a dar voz aos temas que defende. “Isso afeta a nossa saúde mental, temos de nos ir preservando porque estar num papel de constante pedagogia sobre questões raciais ou de género é bastante cansativo”.

Nesta conversa com Ana Delgado Martins e João Paulo Sousa, a artista reforça que é importante não perder a essência e ser sempre fiel aos princípios que foi aprendendo, ao longo do tempo, em casa, junto dos pais. “Ás vezes temos momentos em que não nos lembramos daquilo que somos”.