Era o que Faltava
Temporada 3
José Figueiras (com Exclusivo Online)
"A televisão não é eterna e há uma altura em que se calhar optamos por outras coisas”
Estudou jornalismo radiofónico, mas a sua carreira faz-se no entretenimento televisivo. Começou de fato e gravata na meteorologia da SIC, em 1992, mas Emídio Rangel resgatou-o para o lado divertido da caixinha mágica. Foi no “Muita Lôco” que os portugueses ficaram a conhecer um outro lado do apresentador que, para além do “Bravo Bravíssimo” ou “Ai os Homens”, apresenta hoje o “Alô Portugal”. José Figueiras esteve no Era O Que Faltava com Ana Martins e João Paulo Sousa numa conversa imperdível e hilariante, onde ecoaram gargalhadas.
Diz que se alimenta nas pessoas e que a sua energia depende dos convidados que recebe: “quando tens um convidado que te dá energia, pensas já carreguei a bateria”, no entanto, “quando a pessoa não te dá energia parece que acabas aquela conversa (a pensar): agora tenho de ganhar aqui forças para partir para outra”.
Apresentou programas que ficam na memória de muitos, mas foi no “Muita Lôco” que se mais se deu a conhecer: “Vai o miúdo, vai o Figueiras. Põe uma boina, põe um brinco na orelha e vai (disse o Emidio Rangel). Foi assim. E foi aí que apareceu um Zé Figueiras que ninguém conhecia em televisão”. Os portugueses ficaram a conhecer o José Figueiras divertido, informal e contador de histórias. Num programa onde a génese era, de facto, a loucura e a diversão houve mesmo quem confundisse com o nome: “Uma vez um senhor que me andava a fazer lá umas obras em casa disse-me: Gostava tanto de ver aquele programa o, ajude-me, “Tudo Doido” não era? E eu é, o “Muita Lôco”, mas era esse o significado”.
José Figueiras tem já 30 anos de carreira e, portanto, mil e uma histórias para contar. No Era O Que Faltava o apresentador falou de algumas: da prova livre para a entrada na SIC, onde fingiu ser o apresentador do Festival da Canção, acabando por imitar o então primeiro-ministro português Cavaco Silva, ao dia em que num programa do “Muita Lôco” anunciou que o tema seria prostituição, quando na verdade não o era. E mais? José Figueiras falou sobre a vez em que andou de cuecas a bater às portas de quartos de hotel onde estava hospedado e muito, muito mais!
Com uma energia contagiante, o apresentador que madruga todos os dias, sabe que a televisão é algo passageiro, admitindo que gostava de fazer outras coisas e ir para outros sítios: “A televisão não é eterna e há uma altura em que se calhar optamos por outras coisas: gostava de ir para os Açores, viajar […] gostava de criar animais, era outra loucura”. Conhece-se o suficiente para saber que ia gostar de fazer qualquer outra coisa e mantém o sonho de criança de ser guia turístico.