Era o que Faltava
Temporada 3
Júlio Isidro (com Exclusivo Online)
“O princípio, o meio e o fim é igual para todos”
A nova temporada do Era o Que Faltava arrancou com Júlio Isidro. Com mais de 60 anos na vida pública, o apresentador falou sobre a notoriedade que ganhou, para dizer que tem a “noção exata de que isto vale tudo muito pouco”. Na primeira conversa da nova dupla, João Paulo Sousa e Ana Martins, Júlio Isidro afirmou: “relativizo, minimizo, ironizo e desprezo a ostentação da fama” e acrescentou que “o princípio, o meio e fim é igual para todos”.
À conversa com o João Paulo Sousa e a Ana Martins, o radialista falou dos tempos em que as gravações eram em fitas, o cuidado que era preciso ter com a censura e a assertividade que sempre adotou nas entrevistas que fez e ainda faz. Para dar um exemplo, Júlio Isidro contou um episódio que teve numa entrevista com Harrison Ford e explica como lidou com o comportamento inesperado do ator: “Sentei-me à frente dele e disse: “Bom Dia!”. Ele estava com uma chávena de chá na mão e nem levantou os olhos. Comecei a falar com ele e ele ia respondendo olhando para a chávena. Eu peguei numa chávena de chá e disse: “Sabe, no meu país, Portugal, as pessoas que bebem chá são consideradas educadas”. Não disse mais nada. Ele percebeu. Foi mal-educado, mas é inteligente. Correu muito bem a conversa.”
No Era o Que Faltava, Júlio contou também que sempre acreditou em novos talentos e que cada um “tem direito a mostrar aquilo que vale”, daí a sua aposta em novos artistas. Por outro lado, revelou que nunca ambicionou cargos de chefia e diz mesmo que adora ser “o soldado raso”. Independentemente do cargo, a curiosidade está e esteve lá sempre! Quando era criança, Júlio Isidro ia atrás do móvel onde estava o rádio para “descobrir a orquestra” que estava a tocar!