Melânia Gomes

“Não me importava de entrar no autocarro, dizer ‘Bom dia!’ e ninguém me dizer nada” 

“Eu estava tão feliz e andava tão nas nuvens”…! Tinha 4 anos e já amava teatro. Aos 18 largou Viana do Castelo para rumar a Lisboa em busca de um sonho: ser atriz. Quando cá chegou, Melânia Gomes estava tão feliz que não se “importava de entrar no autocarro com aquele sorriso rasgado, de orelha a orelha, dizer ‘bom dia’ e ninguém dizer nada. Eu pensava ‘Ok, estão maldispostos, problema deles. Eu estou muito bem a fazer o que gosto!”. 

Neste Era o Que Faltava com João Paulo Sousa e Ana Delgado Martins, a atriz conta como Viana do Castelo é importante para ela: “Já viste o que seria de mim e da minha mãe se não fosse Viana? A infância a crescer numa cidade onde todos os recantos são amor, onde toda a gente cuida de tudo, do património, dos jardins, uns dos outros, se preocupa, ajuda… Fez-me quem eu sou”. 

Sobre o novo projeto disponível no Youtube “Onde está Silvina?”, Melânia afirma: “Onde estão as Silvinas de Portugal e onde está a Silvina dentro de nós? Porque ela existe… E olhar para essa mulher, sem abrigo, que anda na rua…! A imagem da Silvina é o mais cuidada possível. Percebe-se que há ali uma dignidade e uma vontade de ter controlo na vida dela, de ter as rédeas da sua vida e da sua saúde, que depois não tem”. A convidada criou Silvina em 2009, uma personagem alter ego que veio de “uma grande vontade de falar sobre outras coisas, de chegar a outros temas que me preocupam e assustam e que acho que devem ser falados e iluminados”.