Era o que Faltava
Temporada 3
Miguel Oliveira
“Espero que ela não goste de motas!”. Miguel Oliveira fala sobre a filha.
“Quero ser um bom pai”, afirmou Miguel Oliveira à conversa com o João Paulo Sousa e Ana Martins. Quase a ser pai, o atleta tenciona “passar bons valores” à filha, “mas sem ser aquele pai com ar de querer proteger demasiado”. Apesar de ser o primeiro português a participar no MotoGP, espera que a filha não se interesse pelo mesmo: “Espero que ela não goste de motas”.
Miguel Oliveira falou também de casos em que atletas venderam as motas quando foram pais porque já não podiam “fazer aquelas maluquices”. “Eu acho que uma coisa é o desporto de alta competição e outra coisa é os nossos gostos. Eu tenho plena noção de que a minha vida pessoal, quanto mais equilibrada ela estiver, vai-me ajudar a ser melhor atleta. Portanto, eu acho que isto não traz nada de negativo senão muita luz para a vida de qualquer casal que queira ter um filho”.
Mas o piloto de motociclismo também é filho e não deixou de mencionar o apoio que o pai lhe deu, e dá, na vida profissional. Miguel Oliveira relembra a “mensagem que ficou gravada no coração”, em que o pai lhe disse: “Aconteça o que acontecer, quer tu ganhes, quer fracasses ou fiques em último, o pai ama-te na mesma”.
O atleta de 26 anos diz que “não havia nada que ele (pai) me pudesse pedir além do simples divertimento que nós tínhamos os dois. Não havia aquela moeda de troca de “olha eu estou-te a dar isto, por isso tens de ser bom na escola, mas também tens de ganhar”. Nunca houve esta cobrança”. E continua: “Quando tu sentes a liberdade de poderes fracassar, tentas muito mais. Eu não tinha medo de nada porque se eu fracassasse, se em último eu caísse, tinha aquele amor incondicional e não me acontecia nada, não havia consequências”.