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Vítor Silva Costa

Era o que Faltava

Temporada 3

15 dezembro, 2021

Vítor Silva Costa

O ator Vítor Silva Costa esteve no Era o Que Faltava e falou sobre os tempos em que jogou futebol e os vários projetos em novelas, filmes e peças de teatro!

"Sou mais honesto no meu trabalho do que na minha vida"

Jogou futebol até aos 16 anos e pensava mesmo que o seu futuro passava pelos relvados. Uma lesão desviou-o desta certeza, mas trouxe-lhe outros sonhos. Aos 29 anos coleciona um incontável número de personagens entre a televisão, o teatro e o cinema. Em 2021, os portugueses puderam apreciar o seu talento na novela “A Serra”, onde interpreta Guilherme, um advogado e na série “O Clube”. A partir de dia 16 de dezembro, e até ao dia 19, está em cena com a peça “Hotel Paraíso”, uma ode à mentira. Vítor Silva Costa esteve no Era O Que Faltava com João Paulo Sousa e Ana Martins.

Cresceu numa aldeia, no Porto, mas Lisboa foi o refúgio e o palco onde encontrou oportunidades para a sua carreira como ator. Que viajar abre mentalidades toda agente sabe, mas no caso de Vítor Silva Costa foi diferente. Conhecer o que o rodeia trouxe-lhe vontade de chegar mais longe, de fazer outras coisas e não ficar só a ver de fora. Apesar de tudo, o ator considera que a aceitação de que nem sempre se é produtivo é algo nobre pois permite apenas estar: “Quando comecei a viajar tive uma sensação de que onde estava não era o suficiente para aquilo onde eu queria estar. Isso trouxe-me ambição e perspetiva […] Permitiu-me não ser passivo em relação mim próprio”.

Diz que foi para ator um pouco por acaso e que o seu professor na Academia Contemporânea do Espetáculo, António Capelo, lhe dizia: “Miúdo tu estás completamente perdido, mas eu sei que de alguma forma queres estar aqui”.  O primeiro projeto que fez na ficção foram os Morangos Com Açúcar, mas depois disso seguiram-se novelas como “Jardins Proibidos”, “Alma e Coração”, “Terra Brava” e “A Serra”.  Diz ser viciado em trabalho e, para ser feliz, tem de conseguir fazer mais que um tipo de projeto ao mesmo tempo: “Eu não quero e ser injusto para as outras coisas, mas o trabalho é a coisa mais importante da minha vida (…) porque me salvou várias vezes”.

Afirma sem rodeios que o teatro é a sua revolução. Enquanto ator dá voz, corpo e alma a causas e mensagem que acarretam responsabilidade e que ditam a forma como, quem recebe, pensa e age. E é esse papel decisivo na sociedade que o inibe de, enquanto Vítor, tecer considerações sobre temas mais delicados: “Sou muito feliz no meu trabalho porque sou mais honesto no meu trabalho do que na minha vida (…) eu acho que é mais uma coisa de responsabilidade sobre as coisas que digo e que faço na minha vida”.