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Marrocos: a caminho do Sahara

Outros Lugares

Temporada 2

27 novembro, 2023

Marrocos: a caminho do Sahara

Num país árabe, não há problema que não tenha solução. Uma esquina mal dobrada, um bilhete não carimbado, um quarto esconso encontrado há instantes, uma boleia inesperada, um favor que se quer despercebido, uma passagem fora de horas. No bolso da camisa de um miúdo que corre de chinelos neste labirinto ou directamente na mão de um qualquer vigilante muito provavelmente não dotado para a ocasião... ... bakshish (????). Assim se vive e se constrói, muito embora possamos achar pouco ético. Tudo tem um preço. Ou pagamos, ou ficará por descobrir. Temos a mania de vir procurar significados grandiosos e surpreendentes no manto de estrelas do deserto e a arrogância de achar que os encontramos. No deserto ficamos expostos. Nós e o som. Sem defesas e sem promessa alguma. O deserto só é verdadeiramente deserto para quem nele se perde ou para quem nele vive. De resto? Relativamente fácil para quem fica apenas às suas portas, onde o camelo sabe onde vai e por onde vem. Onde os jipes não se atrevem a ir mais longe por razões de segurança. Onde hoje em dia um gps nos safa de qualquer contratempo. O chá no deserto faz o seu efeito. O microfone que capta a sua imensidão, também. Terá som, o Sahara? Venha comigo! 

Num país árabe, não há problema que não tenha solução. Uma esquina mal dobrada, um bilhete não carimbado, um quarto esconso encontrado há instantes, uma boleia inesperada, um favor que se quer despercebido, uma passagem fora de horas. No bolso da camisa de um miúdo que corre de chinelos neste labirinto ou directamente na mão de um qualquer vigilante muito provavelmente não dotado para a ocasião...

... bakshish (????). Assim se vive e se constrói, muito embora possamos achar pouco ético. Tudo tem um preço. Ou pagamos, ou ficará por descobrir.

Temos a mania de vir procurar significados grandiosos e surpreendentes no manto de estrelas do deserto e a arrogância de achar que os encontramos.

No deserto ficamos expostos. Nós e o som. Sem defesas e sem promessa alguma. O deserto só é verdadeiramente deserto para quem nele se perde ou para quem nele vive. De resto? Relativamente fácil para quem fica apenas às suas portas, onde o camelo sabe onde vai e por onde vem. Onde os jipes não se atrevem a ir mais longe por razões de segurança. Onde hoje em dia um gps nos safa de qualquer contratempo. O chá no deserto faz o seu efeito. O microfone que capta a sua imensidão, também. Terá som, o Sahara? Venha comigo!