Era o que Faltava
Temporada 3
Daniel Oliveira
Tem 52 anos, está em teletrabalho há 16 anos, começou na política aos 13 e queria ser jornalista desde a 4ª classe (mas a ideia não era ser famoso!). Nesta conversa com João Paulo Sousa e Ana Martins, Daniel Oliveira fala sobre discussões, política, Yoga e Meditação e até sobre o sentido da vida!
“Muitas pessoas ficam incomodadas, eu compreendo, eu acho mesmo que a vida não tem sentido, as pessoas a partir de determinada altura começam a perceber isso”. E explica, “não é por acaso que ela não tem sentido porque nós temos de procurar o sentido da vida. É uma busca constante de uma coisa que não existe, mas nós precisamos de lhe dar sentido e a felicidade é uma coisa que se consome.”
Daniel Oliveira conta ainda que até já fez Yoga e Meditação, mas não ficou convencido. “Foi uma experiência curta e interessante, mas em que tinha aquela parte da meditação onde eu na realidade estava a escrever textos na minha cabeça, não funciona comigo.
Em véspera de Eleições Autárquicas, a política foi um dos temas deste Era o que Faltava. Sobre as pessoas que dizem que não votam, Daniel Oliveira questiona “Uma pessoa começa a perguntar: Mas és sindicalizado? Não. Mas participas na vida do teu bairro? Não. És da Associação de Pais? Não. E percebemos que aquela pessoa não participa em nenhum domínio da vida cívica. Eu digo ‘não, o teu problema não é os políticos não prestarem, o problema está em ti e secalhar os políticos não prestam por causa de ti.”
O convidado do Era o Que Faltava, defende que quem não liga a esta área, prefere que outros escolham por si. “Uma pessoa pode dizer que não quer saber da política, mas a política quer saber dela. O dizer que não se liga à política quer dizer que não se liga à sua própria vida”.
Nesta conversa, o jornalista explicou ainda porque não entrevistou André Ventura, líder do Chega. Eis a razão: “É eu saber que aquela pessoa que está a falar comigo, não acredita numa palavra do que está a dizer. É uma encenação. Isso não interesse para mim. Eu tenho interesse em confrontar as opiniões das pessoas, não tenho interesse em dialogar com um boneco”.
Sobre a altura em que começou a lidar com questões política, Daniel Oliveira contou que “participava em reuniões com ordens de trabalhos, com 13 anos, portanto não parecia um miúdo de 13 anos, no entanto em casa antes de ir para a reunião estava a jogar com soldadinhos...”.
O jornalista gosta de conversar, gosta da diferença de opinião e diz mesmo que “a melhor discussão é aquela discussão intelectualmente muito estimulante em que há uma grande discordância e uma enorme afabilidade no diálogo... Quando as pessoas dizem essa discussão não vai dar a lado nenhum, eu respondo sempre: ‘ah mas tu querias uma discussão que fosse dar a algum lado, então isso não me interessa’”.?