Era o que Faltava
Temporada 3
Gonçalo Câmara
“Se eu parar, e tiver essa consciência, é muito mais provável recolher frutos disso, do que se continuar em piloto automático”
Quando não está na Smooth FM e na M80, Gonçalo Câmara viaja pelo mundo fora à procura do desconforto: “perguntava-me muitas vezes porque é que eu estava naquela ansiedade, porque é que eu vou fazer uma viagem grande se vomito? Nessa viagem em específico eu não conhecia ninguém que estivesse estado por lá e ainda por cima eram países próximos de certos países em conflito e essa ansiedade aconteceu precisamente por isso, por ir para esses países completamente marados. Forço o desconforto porque se me sentir desconfortável sou capaz de me deixar de queixar das situações mesquinhas do dia a dia”.
O autor do livro “A Árvore que Não Fazia Sombra”, entre outros, tem 32 anos e afirma que nesta geração: “somos atropelados por imagens e uma data de informações. Eu estou muitas vezes rodeado por pessoas que se param, morrem. Eu acho que já vamos em piloto automático, o que significa que se eu parar, e tiver consciência de que estou a parar, é muito mais provável recolher frutos disso do que se continuar em piloto automático”.
Nesta conversa, Gonçalo Câmara salientou a importância de “gozar connosco próprios”. O locutor acredita que “é a melhor forma de nunca mais ninguém gozar connosco, ou pelo menos não ficarem por cima. Essa capacidade que tu tens de distanciares-te e pensares: “não faz mal se falhares, faz mal seres ridículo”, temos de ser estúpidos para sermos sábios”.