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João Pedro Pais

Era o que Faltava

Temporada 3

08 novembro, 2021

João Pedro Pais

Nesta conversa, falou-se das músicas que as pessoas gostam de ouvir, da vida de artista e até do momento em que o cantor conheceu os Rolling Stones!
“Eu nunca fui um êxito imediato”

Começou no programa “Chuva de Estrelas” e ganhou projeção com músicas como “Ninguém é de Ninguém”, “Louco por Ti” ou “Mentira”. Faz 25 anos de carreira e esteve no Era o Que Faltava à conversa com o João Paulo Sousa e Ana Martins. Muitos portugueses sabem de cor algumas das músicas, mas João Pedro Pais diz que não é “um êxito imediato, eu passei pelos pingos da chuva. Vendi 20 e tal mil discos, era excelente na altura, mas os Excesso, por exemplo, venderam 200 mil. Mais tarde eu venho com o segundo álbum e... Paulo Gonzo! O público virou-se todo pra ali. Eu nunca estive sozinho, eu nunca tive um momento em que dissesse: “não, é o meu ano!”. Ganhei os Globos de Ouro em 2002 com o “Não Há”, melhor canção e melhor interprete, mas nunca fui um sucesso imediato em que o povo se virasse todo para mim, mas ainda bem e por isso aguentei estes 25 anos.”
João Pedro Pais acredita que as letras das músicas dão uma ajuda. “Tenho uma intuição do que vai ou não tocar as pessoas, porque também me toca. Aquilo que eu escrevo nas canções, tu já passaste por aquilo, tenho a certeza absoluta. E acrescenta: “nós temos a mesma história, só que temos caras e nomes diferentes, mas a história não é muito desigual, aquilo que eu canto tenho a certeza que já passaste”.
Sobre os concertos, João Pedro Pais diz que “as pessoas querem ouvir canções (que conhecem). Ok que até podem ouvir uma ou duas novas, isso até é bom para nós cantores, mas as pessoas querem cantar canções, as pessoas querem cantar “Louco por ti”, “Não há”, “Ninguém é de ninguém”, “Mentira”, “Volto já”, é para isso que nós estamos. O Sting nesse aspeto não perdoa, vai 1, 2, 3 go... “Every breath you take!”. Acabou, matou logo”.
Nesta conversa, João Pedro Pais realçou também a importância que é passar a música de geração em geração: “Nós somos aquilo que ouvimos, somos o que lemos, somos com quem falamos. Claro que os mais velhos lhes disserem: “olha, isto existiu, exista ainda, ainda anda cá!”. Os mais velhos, no meu tempo, mostravam-me Táxi, UHF, ainda nem se falava dos Xutos. Era isso que eu ouvia, eu lembro-me disso, lembro-me do disco Cairo dos Táxi, em lata! É por isso que eu digo que nós somos aquilo que ouvimos dos outros, eu não invento nada!”.
Em 25 anos de carreira, João Pedro Pais já conheceu muitos músicos e já fez várias colaborações. Ainda assim, há um encontro que nunca esqueceu, o encontro com os Rolling Stones: “Quando eu vou a entrar naquela porta, vem o Mick Jagger a sair com 2 sacos, diz o Zé Pedro, eu não me lembro, que eu lhe saltei para o colo! Eu disse: “Mick, I love you, I love you Mick!”. O Zé Pedro disse que o segurança não teve reação, e eu só pedi uma fotografia, ele cedeu e nós tiramos!”. Um encontro que aconteceu no dia em que o cantor atuava no “Concerto Mais Pequeno do Mundo”, da Rádio Comercial.