José Raposo (com Exclusivo Online)

“Eu acho que a desorganização e a desconstrução das regras e do formalismo é o melhor que há”.

José Raposo é ator e veio conversar com João Paulo Sousa e Ana Delgado Martins. “Ligam, um pouco, aos atores esta forma um pouco louca de ver o mundo… É muito mais interessante do que a vida normal…!”, afirma. Talvez por isso, quando era jovem, fez da sua marquise uma capoeira, com direito a “galinhas, perdizes, periquitos e um hamster”. 

O atual diretor da Casa do Artista, prestes a fazer 60 anos, diz que, para se ser artista, “é preciso ter talento. Tem de se ter esse dom, nasce com as pessoas. A partir daí, sim, há que trabalhá-lo”. Imaginar-se uma referência para “a malta nova, é uma coisa muito estranha”. Ainda tem os seus mestres muito presentes e afirma: “Não me sinto bem por irem desaparecendo”… 

José Raposo é, atualmente, Eugénio na novela Por Ti e, ainda que não tenha o lado místico da personagem, afirma: “o que tem a ver comigo, de facto, é que aquele homem é um homem calmíssimo, perfeitamente realizado a todos os níveis… Meio filósofo, anti-materialista, quase um ermita”! Segundo o ator, essa realização “é uma coisa que se procura e se consegue abstraindo-se, acima de tudo, do conflito. Quando me cheira a qualquer coisa negativa, dou meia volta. Não procuro conflito, nunca procurei”.  

Com direito a ouvir o Pumba, do Rei Leão, e ainda a reação da pequena Lua a esta personagem do pai, é esta a conversa de hoje no Era o Que Faltava!