Paulo Azevedo

Conversamos com alguém que faz dos seus obstáculos - desafios. Paulo Azevedo nasceu em Coimbra e foi lá que estudou jornalismo. Descobriu, um dia, que o pai tinha o sonho que ele se tornasse jogador de futebol. Então, tira o Curso de Treinador de Futebol e estagia no Real Madrid ao lado de José Mourinho. Dessa altura relembra um episódio com Iker Casillas: “Ele apareceu-me com as luvas usadas dele e disse-me: “estas são as luvas que levantaram a última copa do mundo pela seleção espanhola. Eu como capitão fui o primeiro a levantar o troféu e percebi que se venderes as minhas luvas, elas valem um bom dinheiro”. Ele via as marcas negras que eu tinha nas virilhas por causa das minhas próteses e queria que eu comprasse umas novas, mais confortáveis. Ainda tenho as luvas, não as vendi”.

Mais tarde, torna-se ator, o primeiro ator com deficiências físicas na ficção portuguesa e até hoje não largou a representação, mas sobe também a palco como orador e palestrante. Nestas palestras Paulo gosta de ensinar as pessoas a tornar as críticas em força: “As pessoas viam-me na praia e achavam que para além de não ter braços e não ter pernas as pessoas achavam que eu tinha as desgraças todas do mundo: era surdo, cedo... Diziam muitas vezes, em voz alta, que era um coitadinho e que mais-valia não ter nascido. Isso dói porque eu não era surdo. Sabes o que é que eu aprendi a fazer com isso? A ganhar força”.

A sabedoria popular diz que um homem feliz tem de plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho. O Paulo Azevedo já plantou uma árvore, escreveu dois livros e fez dois filhos… será que é feliz a dobrar? Descubra tudo neste episódio do Era o Que Faltava!