Era o que Faltava
Temporada 3
Saúl
“Estar em palco e fazer as pessoas rir era a minha brincadeira favorita”
Aos cinco anos usava um bigode postiço e subia ao palco para cantar, mas acima de tudo fazer as pessoas rir. “Estar em palco e fazer as pessoas rir era a minha brincadeira favorita”. Com uma carreira de quase 30 anos, Saúl veio ao Era o Que Faltava contar muitas das histórias que fazem dele um dos artistas populares do país.
Viveu uma infância feliz no circo e confessa que nunca teve uma consola ou uma televisão. “Eu tomava banho numa bacia, vivíamos do dia a dia”. O artista confessa que chegou a ter 280 dias de espetáculos seguidos e recorda a mágoa de ter sido abandonado pelos pais. “Não foi o dinheiro, foi o abandono. Ser abandonado pelos meus pais deixou-me sem rede de segurança”.
No que toca à escola, o cantor revela que por causa da música apenas perdeu um ano. “Muitas vezes decorava a matéria com melodias”. Quanto às letras com duplo sentido, Saúl diz que é através do contacto com o público, nomeadamente no mercado Engenheiro Silva na Figueira da Foz, que consegue captar alguns chavões. “Vou falando com as pessoas mais antigas e são elas que nos dão aquelas palavrazinhas, aqueles duplos sentidos que já ninguém ouve hoje em dia”.
Nesta entrevista, Saúl ainda deixa no ar a intenção de um dia encher o Altice Arena, mas apenas quando estiver suficientemente capaz para o fazer. “Não me sinto ainda preparado psicologicamente para o fazer. Montar um espetáculo desses não é nada fácil”.